Busca sem resultado
jusbrasil.com.br
26 de Abril de 2024
    Adicione tópicos

    Projeto obriga políticos a matricularem seus filhos em escolas públicas

    Uma idéia muito boa do Senador Cristovam Buarque.

    Ele apresentou um projeto de lei propondo que todo político eleito (vereador, prefeito, Deputado, etc.) seja obrigado a colocar os filhos na escola pública.

    As conseqüências seriam as melhores possíveis.

    Quando os políticos se virem obrigados a colocar seus filhos na escola pública, a qualidade do ensino no país irá melhorar. E todos sabem das implicações decorrentes do ensino público que temos no Brasil.

    SE VOCÊ CONCORDA COM A IDÉIA DO SENADOR, DIVULGUE ESSA MENSAGEM.

    Ela pode, realmente, mudar a realidade do nosso país.

    O projeto PASSARÁ, SE HOUVER A PRESSÃO DA OPINIÃO PÚBLICA.

    http://www.senado.gov.br/sf/atividade/Materia/detalhes.asp?p_cod_mate=82166

    PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 480, DE 2007

    Determina a obrigatoriedade de os agentes públicos eleitos matricularem seus filhos e demais dependentes em escolas públicas até 2014.

    PARABÉNS PARA O SENADOR CRISTOVAM BUARQUE. BOA SORTE JUNTO A SEUS PARES.

    PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2007

    PLS - PROJETO DE LEI DO SENADO, Nº 480 de 2007

    Determina a obrigatoriedade de os agentes públicos eleitos matricularem seus filhos e demais dependentes em escolas públicas até 2014.

    O CONGRESSO NACIONAL decreta:

    Art. 1º

    Os agentes públicos eleitos para os Poderes Executivo e Legislativo federais, estaduais, municipais e do Distrito Federal são obrigados a matricular seus filhos e demais dependentes em escolas públicas de educação básica.

    Art. 2º

    Esta Lei deverá estar em vigor em todo o Brasil até, no máximo, 1º de janeiro de 2014.

    Parágrafo Único. As Câmaras de Vereadores e Assembléias Legislativas Estaduais poderão antecipar este prazo para suas unidades respectivas.

    JUSTIFICAÇÃO

    No Brasil, os filhos dos dirigentes políticos estudam a educação básica em escolas privadas. Isto mostra, em primeiro lugar, a má qualidade da escola pública brasileira, e, em segundo lugar, o descaso dos dirigentes para com o ensino público.

    Talvez não haja maior prova do desapreço para com a educação das crianças do povo, do que ter os filhos dos dirigentes brasileiros, salvo raras exceções, estudando em escolas privadas.

    Esta é uma forma de corrupção discreta da elite dirigente que, ao invés de resolver os problemas nacionais, busca proteger-se contra as tragédias do povo, criando privilégios.

    Além de deixarem as escolas públicas abandonadas, ao se ampararem nas escolas privadas, as autoridades brasileiras criaram a possibilidade de se beneficiarem de descontos no Imposto de Renda para financiar os custos da educação privada de seus filhos.

    Pode-se estimar que os 64.810 ocupantes de cargos eleitorais -vereadores, prefeitos e vice-prefeitos, deputados estaduais, federais, senadores e seus suplentes, governadores e vice-governadores, Presidente e Vice-Presidente da República - deduzam um valor total de mais de 150 milhões de reais nas suas respectivas declarações de imposto de renda, com o fim de financiar a escola privada de seus filhos alcançando a dedução de R$ 2.373,84 inclusive no exterior.

    Considerando apenas um dependente por ocupante de cargo eleitoras.

    O presente Projeto de Lei permitirá que se alcance, entre outros, os seguintes objetivos:

    a) ético: comprometerá o representante do povo com a escola que atende ao povo;

    b) político: certamente provocará um maior interesse das autoridades para com a educação pública com a conseqüente melhoria da qualidade dessas escolas.

    c) financeiro: evitará a “evasão legal” de mais de 12 milhões de reais por mês, o que aumentaria a disponibilidade de recursos fiscais à disposição do setor público, inclusive para a educação;

    d) estratégica: os governantes sentirão diretamente a urgência de, em sete anos, desenvolver a qualidade da educação pública no Brasil.

    Se esta proposta tivesse sido adotada no momento da Proclamação da República, como um gesto republicano, a realidade social brasileira seria hoje completamente diferente.

    Entretanto, a tradição de 118 anos de uma República que separa as massas e a elite, uma sem direitos e a outra com privilégios, não permite a implementação imediata desta decisão.

    Ficou escolhido por isto o ano de 2014, quando a República estará completando 125 anos de sua proclamação. É um prazo muito longo desde 1889, mas suficiente para que as escolas públicas brasileiras tenham a qualidade que a elite dirigente exige para a escola de seus filhos.

    Seria injustificado, depois de tanto tempo, que o Brasil ainda tivesse duas educações - uma para os filhos de seus dirigentes e outra para os filhos do povo -, como nos mais antigos sistemas monárquicos, onde a educação era reservada para os nobres.

    Diante do exposto, solicitamos o apoio dos ilustres colegas para a aprovação deste projeto.

    Sala das Sessões,

    Senador CRISTOVAM BUARQUE

    • Publicações3851
    • Seguidores56
    Detalhes da publicação
    • Tipo do documentoNotícia
    • Visualizações2178
    De onde vêm as informações do Jusbrasil?
    Este conteúdo foi produzido e/ou disponibilizado por pessoas da Comunidade, que são responsáveis pelas respectivas opiniões. O Jusbrasil realiza a moderação do conteúdo de nossa Comunidade. Mesmo assim, caso entenda que o conteúdo deste artigo viole as Regras de Publicação, clique na opção "reportar" que o nosso time irá avaliar o relato e tomar as medidas cabíveis, se necessário. Conheça nossos Termos de uso e Regras de Publicação.
    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/projeto-obriga-politicos-a-matricularem-seus-filhos-em-escolas-publicas/2147411

    Informações relacionadas

    Nadir Tarabori, Consultor Jurídico
    Artigoshá 8 anos

    Inclusão de alunos com deficiência ou necessidades especiais

    Leonardo Herbert, Advogado
    Artigoshá 4 anos

    Renda ou consumo, o que tributar mais no Brasil?

    Senado
    Notíciashá 9 anos

    Comissão aprova projeto que autoriza governo a federalizar educação básica

    Comissões provisórias: órgão partidário temporário ou só no nome?

    Luiz Flávio Gomes, Político
    Artigoshá 10 anos

    Juízes pedem R$ 7 mil mensal para pagarem estudo dos filhos

    1 Comentário

    Faça um comentário construtivo para esse documento.

    Não use muitas letras maiúsculas, isso denota "GRITAR" ;)

    Após a depreciação deste projeto, vimos como o povo brasileiro é carente de cavalheiros do bem... continuar lendo